O Mar
É uma vastidão que nos alcança em som e visão, de
vagas que nos tocam descalços, e refrescados, em movimentos pendulares erguidos espuma e ondas vivas de renovação de marés, pela viagem da lua e que cruzam ao
horizonte o firmamento, numa perfusão de índigo infinito. Ao olhar nu despedido
de preconceitos e pensamento. Apenas sentindo, ouvindo e perscrutando o que é maior
que nós. Em força e Idade. Já ca estamos há tantos anos e nunca deixamos de nos
deixar tocar, suave ou tempestuosamente por essa Imensidão. De vida sem corpo físico
e matéria inteligente que recebemos em nossa mente, presente. Só por estar(mos)
lá! Arrastados, Salgados… feitos corpo estranho, de pequenez envolto por ondas,
revolto… e transportado. Para outro lado, da consciência de nós. A nossa
humildade que desagua na areia, prostrados como uma coisa menor que não lhe
pertence. E de facto, não! Somos estranhos ao Mar, como ele é à aventura. Perigosa
e por vezes mortal de entrarmos, nas suas entranhas revoltas que nos cospem
como uma mosca que, suja e verde de bagagem lhe entrasse pela boca, do inferno,
assim castigador.
Respeito!
Sem comentários:
Enviar um comentário