terça-feira, 16 de dezembro de 2014

O imenso que nos toca

O Mar


É uma vastidão que nos alcança em som e visão, de vagas que nos tocam descalços, e refrescados, em movimentos pendulares erguidos espuma e ondas vivas de renovação de marés, pela viagem da lua e que cruzam ao horizonte o firmamento, numa perfusão de índigo infinito. Ao olhar nu despedido de preconceitos e pensamento. Apenas sentindo, ouvindo e perscrutando o que é maior que nós. Em força e Idade. Já ca estamos há tantos anos e nunca deixamos de nos deixar tocar, suave ou tempestuosamente por essa Imensidão. De vida sem corpo físico e matéria inteligente que recebemos em nossa mente, presente. Só por estar(mos) lá! Arrastados, Salgados… feitos corpo estranho, de pequenez envolto por ondas, revolto… e transportado. Para outro lado, da consciência de nós. A nossa humildade que desagua na areia, prostrados como uma coisa menor que não lhe pertence. E de facto, não! Somos estranhos ao Mar, como ele é à aventura. Perigosa e por vezes mortal de entrarmos, nas suas entranhas revoltas que nos cospem como uma mosca que, suja e verde de bagagem lhe entrasse pela boca, do inferno, assim castigador.

Respeito!


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