sábado, 3 de janeiro de 2015

Rolling stone

Gostava de ser uma bola que rola. Ou uma roda de bicicleta, ou moto tanto faz.
Rolar pelo chão como algo que não tem atrito. O atrito da vida e das preocupações.
Rolar como uma pedra, ou uma roda de pasteleira, lenta e aos ziguezagues, como bêbeda.
Chutada por um xuto. De um puto. E de uma pedra maior que qualquer ganza e assim voar pelo ar!...
Sem aterrar, e depois rolar lento. Como se enrola um charro. Em que se sobe e cai. Stone free... Sobe e desce da estrada, feita de buracos. Quando neles caímos de verdade. E cair, porque não ao pé de uma erva. Que se não se fuma mas é verde como o que é alegre na vida despreocupada e lenta. Depois de assentar, levar um daqueles pontapés que deixam marca e vermelhidão. 
Passar do riso para o chão. De pedra. E agreste.
Mas voei! Como uma pedra que não deixou marca. Por onde passou. Neste mundo. Uma Bola de trapo.
Que rolou, feliz. 

Sem comentários:

Enviar um comentário